Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo avaliar cultivares de sorgo e milheto quanto aos aspectos agronômicos e fitossanitários, nas condições edafoclimáticas do Estado do Acre. Dois experimentos foram conduzidos na Embrapa Acre, município de Rio Branco. No primeiro, semeado em abril de 2001, avaliaram-se 8 cultivares de sorgo forrageiro e 14 de sorgo granífero, quanto à infestação da mosca-do-sorgo, Stenodiplosis sorghicola. Em um segundo experimento, semeado em novembro de 2001, foram avaliados 12 materiais de sorgo granífero, 25 de sorgo forrageiro e 49 de milheto forrageiro, quanto à produtividade de massa verde, teor e produtividade de matéria seca, altura das plantas e data de floração. Avaliou-se, também, cada cultivar de sorgo, quanto à incidência da doença mancha zonada (Gloeocercospora sorghi). A cultivar forrageira 698005 foi a mais infestada pela mosca-do-sorgo. Não houve diferença no número de moscas emergidas em sorgo granífero. A cultivar de sorgo forrageiro SHS 500 apresentou o maior rendimento de massa verde (58.905 kg/ha). Quanto ao sorgo granífero, destacaram-se os materiais BR 305 e DKB 860, com produtividades acima de 3.500 kg de grãos/ha. Todas as cultivares de sorgo foram suscetíveis à mancha zonada. Em sorgo granífero a incidência da doença foi superior a 90%, já em sorgo forrageiro foi 100%. Este último apresenta grande potencial na produção de biomassa para alimentação animal, bem como produção de cobertura morta em sistema plantio direto; a mosca-do-sorgo e a mancha zonada podem ser potencialmente limitantes para a cultura no Acre, caso essa gramínea seja plantada em larga escala. O milheto forrageiro não apresentou bons resultados como o sorgo.
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