| Resumo: |
O eucalipto, espécie madereira originária da Austrália e das Ilhas da Oceania, é uma excelente fonte para produção de papel e celulose que traz muitos ganhos para o Brasil. A cultura se adaptou bem às condições ambientais do país e atualmente é plantada em mais de três milhões de hectares (maior área plantada do mundo), com produtividade cerca de dez vezes maior que a dos países concorrentes. A cultura do eucaplipto é ameaçada por diversas pragas, doenças e plantas daninhas. No Brasil, entre as pragas naturais que a atacam destacam-se, principalmente, as formigas cortadeiras, os besouros e as lagartas desfolhadoras. E, recentemente, tornou-se mais preocupante a chegada ao país de uma nova praga que ataca o eucalipto: o psilídeo-de-concha, que vem gerando danos consideráveis a essa cultura no México, Austrália e Estados Unidos. Para controlar o psilídeo-de-concha, um dos métodos utilizados é o químico, com o uso de inseticidas sistêmicos de alto custo, impactantes ao meio ambiente e de efeito temporário. O custo estimado com aplicação desses inseticidas pode variar de R$ 40,00 a 150,00 por hectare, sendo necessárias, no mínimo, três aplicações por ano. Durante o Prosa Rural, Luiz Alexandre Nogueira de Sá, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, fala sobre uma alternativa de combate a essa praga: o controle biológico, feito com uso de uma vespinha parasitóide de nome complicado, Psyllaephagus bliteus, que tem se mostrado como o método mais adequado, já tendo sido validado nos Estados Unidos e no México. O controle biológico com o uso dessa vespa parasitóide tem reduzido a infestação da praga conforme resultados obtidos nesses países. Estudos já estão em andamento no Brasil, com o objetivo de se conhecer a presença deste e de outros agentes de controle biológico nas florestas de eucalipto. A vespa parasitóide recém-introduzida no país está sendo criada em condições de laboratório e liberada nos hortos florestais de eucalipto na região de Jaguariúna, SP, desde 2005.
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