A quem dirijo o que pesquiso e quem lê o que eu escrevo? Imaginemos por um momento as águas calmas e verde-azuladas de um remanso no rio que, inspirado no conto de João Guimarães Rosa, nos acompanhará aqui como uma boa imagem. Podemos imaginar agora uma pedra, não muito grande e arredondada, atirada de longe por alguém no meio de suas águas calmas. Que esta seja uma metáfora proveitosa a um convite a pensar as dimensões de algumas possíveis respostas à dupla pergunta: "a quem dirijo o que pesquiso e quem lê o que eu escrevo?". Entre a solidão da pedra em seu vôo antes de cair nas águas, e as ondas concêntricas que ela criará ao mergulhar até o fundo do rio, podemos desenhar uma seqüência de círculos de interlocutores de documentos de original vocação... |