Resumo: |
Há alguns anos, o cultivo de feijão por pequenos produtores se tornou difícil por causa dos ataques de pragas e doenças e também pelo alto custo de implantação de uma lavoura. Mas há dois anos um projeto para o desenvolvimento sustentável de assentamentos no Estado de Goiás, conduzido pela Embrapa Arroz e Feijão, a Superintendência Regional do Incra em Goiás e pela Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped), resgatou o plantio de feijão na pequena propriedade. O trabalho envolve o treinamento de pequenos agricultores e de profissionais prestadores de assistência técnica rural em práticas de cultivo simples e não onerosas, como a recuperação da capacidade produtiva do solo por meio da adubação verde, a semeadura em plantio direto usando tração animal e a adubação de cobertura. Adicionalmente, foram transferidas tecnologias para o manejo integrado de pragas e de doenças, visando a eliminação ou a substituição gradativa dos agrotóxicos, o incentivo ao uso de sementes de qualidade e à rotação de culturas, dentre elas, arroz, feijão, milho e mandioca. Apesar dessas tecnologias estarem voltadas ao território goiano, muitas delas podem ser empregadas em áreas da Bahia, Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais. De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador Agostinho Didonet, para recuperar a capacidade produtiva do solo "a primeira coisa feita foi tentar recuperar a fertilidade, dando a opção de produção aos assentados. A técnica mais adequada e de menor custo aos assentados foi exatamente incentivar a adubação verde em todos os assentamentos". O resultado mais relevante foi o resgate da cultura do feijão nos assentamentos, adaptando as técnicas agrícolas aos costumes e às tradições dos pequenos produtores de cada localidade. Além de assegurar a segurança alimentar das famílias, o resgate do plantio de feijão na pequena propriedade garante a geração de renda com a venda do excedente de grãos.
bitstream/item/123945/1/Arquivo-MP3-Tecnica-para-producao-do-feijoeiro.mp3
Programa de rádio.
|