Uma parte considerável dos trabalhos que estudam as conseqüências da ação de militantes de movimentos sociais, principalmente do MST, para a cultura do homem do campo se esforça em demonstrar o caráter exógeno eimposto que essas ações assumem frente ao modo de vida tradicional dos trabalhadores rurais. Diferentemente dessa visão ideal, nostálgica e intocável sobre o camponês, pretende-se aqui demonstrar como os integrantes do Assentamento Aruega (Novo Cruzeiro/MG) deram novas dimensões para sua cultura de forma ativa e consciente, valendo-se, em grande medida, dos novos instrumentos analíticos e empíricos trazidos pela atuação dos militantes do MST no processo de ocupação da terra e na posterior organização do Assentamento. |