Resumo: |
Estudou-se a regeneração natural em floresta de várzea na região do paraná Abufari no médio rio Purus, onde houve exploração pelo método tradicional de exploração de várzeas. Foram estudadas áreas exploradas há um, cinco e dez anos, para avaliar, comparativamente, o desenvolvimento da regeneração natural dessas áreas com áreas não perturbadas adjacentes. Para facilitar a análise, as espécies foram divididas em sete grupos: comerciais boiantes, não-comerciais boiantes, comerciais não-boiantes, não-comerciais não-boiantes, invasoras, sub-bosque e exploradas na área de estudo. De um modo geral, a floresta resultante após a exploração apresentou uma regeneração natural mais densa e com uma melhor distribuição das espécies pela área. A entrada de invasoras ocorreu entre o quinto e o décimo ano da exploração, sem ter sido verificada a presença de gramíneas. Espécies de sub-bosque foram beneficiadas com a exploração, ampliando sua participação na regeneração da floresta. As espécies virola e louro-preto, exploradas na área, apresentaram os melhores resultados para regeneração natural entre as espécies comerciais após a exploração. A regeneração natural, dez anos após a exploração, apresentou dados compatíveis com os das áreas não perturbadas. Verificou-se que o método de exploração utilizado não causou danos significativos à floresta nem promoveu alterações na composição florística da regeneração natural. Dez anos após a exploração, as modificações verificadas foram mais de cunho quantitativo (número de indivíduos) do que qualitativo (composição florística).
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