| Resumo: |
A adaptação à diversidade de ambientes que há no país, resistência a doenças e boa conversão alimentar são qualidades que valorizam a pureza genética dos animais da raça Sindi conservados em área experimental da Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE. A dupla aptidão, carne e leite, somada ao porte pequeno - adequado às regiões de poucos recursos alimentares, valorizam sua rusticidade em cruzamentos voltados à geração de animais mais resistentes às mudanças climáticas e do aquecimento global. Essas características atendem a demanda crescente dos criadores e contribuem para a inovação do agronegócio brasileiro. Em novembro de 2015, 45 fêmeas e um macho, receberam o Registro Genealógico como Puros de Origem (PO) pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Mais animais do Núcleo devem ser registrados. Em 2017, esse rebanho foi reconhecido como Núcleo de Conservação da Raça Sindi no Semiárido - Felisberto Camargo, e inserido na Vertente Animal do Portfólio Regen - Gestão Estratégica de Recursos Genético para Alimentação, Agricultura e Bioindústria. O rebanho salvaguardado pela Embrapa Semiárido é constituído por descendentes diretos da única importação específica dessa raça do Paquistão para o Brasil, ocorrida em 1952, pelo Pesquisador Felisberto Camargo para o Instituto Agronômico do Norte (IAN), no estado do Pará. Em 1996, parte desse rebanho passou a ser criado no Campo Experimental da Caatinga. E, desde então, permaneceram praticamente fechados. Isto não foi alterado com a inclusão de reprodutores machos oriundos da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) por serem animais com genealogia fechada na mesma importação. Esse fato contribuiu para a conservação da pureza racial do rebanho atual, comprovada por estudos especializados na Embrapa Gado de Leite. Inclusive, há uma grande importância de manutenção do rebanho, constituído por alelos únicos, que podem ter se fixado ao longo das gerações.
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