Resumo: |
Um experimento foi conduzido em campo no período de 1982 a 1998, em Londrina-PR, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes sistemas de manejo de solo nas reduções anuais de um banco de sementes de plantas daninhas e seus períodos de sobrevivência, sendo as plantas daninhas manejadas através de herbicidas, e a seqüência anual de cultivo soja após trigo. Os tratamentos de manejo de solos foram: 1) semeadura direta; 2) arado de discos e grade niveladora; 3) grade aradora e grade niveladora; 4) escarificação e grade niveladora. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. A identificação e contagem das sementes presentes no solo foram feitas em 1990, 1995 e 1998. As estimativas de sobrevivência (a 1% da população inicial) das gramíneas capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e capim-colchão (Digitaria horizontalis ), nos quatro sistemas de manejo, foram de 5 a 10 anos e 5 a 7 anos, respectivamente; as das espécies de folhas largas, como caruru (Amaranthus spp.), de 5 a 9 anos, carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum ), de 7 a 9 anos, de 10 a 20 anos, e picão-preto (Bidens pilosa), de 3 a 4 anos, e a comelinácea trapoeraba (Commelina benghalensis) de 10 a 20 anos. As sementes de espécies de plantas daninhas apresentaram características distintas de sobrevivência, em função do manejo do solo, do controle ao longo dos anos e das características morfológicas e fisiológicas das sementes.
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