Resumo: |
Vinte e sete bubalinos em crescimento da raça Mediterrâneo foram mantidos em confinamento por cerca de 140 dias, visando avaliar os efeitos de diferentes níveis de energia ingerida sobre o desempenho e as concentrações de glicose, proteína total e uréia no sangue. Os tratamentos constituíram de três níveis de ingestão de energia: BE (Baixa Energia), RE (Requerida Energia) e AE (Alta Energia). RE foi calculado com 125 kcal/kg0,75/dia de energia metabolizável para mantença; BE com 20% abaixo e AE com 20% acima desse nível, adotando-se ganho diário médio de 800 g, correspondendo a 10 kcal de EM/g de ganho para animais até 250 kg e mais 0,02 kcal/kg de peso acima de 250 kg/g de ganho. Amostras de sangue foram colhidas em três períodos, ou seja, 44, 66 e 88 dias após o início do experimento. Houve diferenças significativas no ganho de peso médio diário entre BE (773,9 g), RE (942,8 g) e AE (1071,8 g) e nos níveis de uréia no soro. As ingestões médias de matéria seca (g/kg0,75) e de energia metabolizável estimadas (Mcal/animal/dia) foram, respectivamente: 89,54 e 17,13 para BE, 92,87 e 18,24 para RE e 95,66 e 20,94 para AE. Com base no ganho de peso obtido e na quantidade diária de energia metabolizável ingerida, concluiu-se que o requerimento de energia metabolizável total para bubalinos em crescimentos recomendado por KEARL (1982) encontra-se superestimado em média de 14,73%.
|